Alcova (quarto)
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Alcova no sentido original
Uma alcova é um recesso numa parede que se abre para um outro espaço, maior ou menor.
Na arquitetura medieval a alcova surgia em paredes, separadas do espaço principal por cortinas.
Na arquitetura renascentista as alcovas se tornaram espaços altos, elegantes e semi-circulares, muitas vezes utilizados para acomodações ou abrigar estátuas.
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Na arquitetura contemporânea, as alcovas passaram a ser usadas como quartos e acomodações semelhantes. Pequenas alcovas também podem ser usadas para manter ornamentos, prateleiras e etc.
Alcova no Brasil
De origem árabe, al-kobba significa esconderijo (MÉRITO, 1957), local onde se busca segurança. Mas há também uma referência como derivando do árabe al-qubbâ, que significa abóbada.
Também é o quarto da mulher e por extensão, o quarto de dormir, onde o território individual ou de um grupo familiar é marcado.
No século XIX, alcova era o quarto dos prazeres, um espaço muitas vezes sem ventilação, nem iluminação: o ambiente mais privado da casa.
Atualmente, pode-se afirmar que a alcova é um espaço relacionado à territorialidade e ao espaço íntimo e pessoal, onde o acesso não é permitido a qualquer um; ela é importante porque a privacidade é uma necessidade do ser humano desde a concepção.
A definição mais comum de um quarto é a que o relaciona a um cômodo qualquer de um edifício. Normalmente, porém, a palavra costuma ser usada como sinônimo para um dormitório, especificamente. O quarto geralmente é utilizado para descansar.
O mobiliário associado a um quarto costuma ser uma cama, as escrivaninhas a acompanhar a cama, uma cadeira ao fim da cama e armários para colocação da roupa. Costuma-se mudar de roupa no quarto (se bem que também faz-se na casa de banho).
Quando temos uma casa de banho dentro de um quarto, chama-se a este quarto de Suíte. A casa de banho é de alguma forma exclusiva de uso ao usufrutuário do quarto.
No Brasil, alcova tem historicamente referido um quarto sem janelas, comum nas casas coloniais brasileiras. Em função da falta de ventilação, costumavam ser mais úmidos e sujeitos à presença de mofo.
Por não terem janelas, também eram frequentemente utilizados para a prática dos atos sexuais, o que deu origem a expressões como alcoviteiro, atleta de alcova, segredos de alcova, etc.
Costumava ser o cômodo mais próximo da porta de entrada, tendo a finalidade de quarto de hóspedes ocasionais: caixeiros-viajantes e desconhecidos distintos, quando abrigados pelo senhor da casa, faziam o pernoite na alcova, com vela, penico e jarra de água, e a porta trancada a chave para ser aberta pela manhã.
A expressão alcoviteiro dizia respeito também ao sujeito sem posses, necessitado dos favores de alcova.